Ponho-me a questionar se somos
mesmo vítimas do preconceito. Quem com ele sofre, quem ele fere? Nós, que
muitas vezes somos alvo de olhares inquisidores e até de palavras ofensivas,
mas tocamos nossas vidas adiante, ou quem sente o preconceito, e perde seu
tempo com sentimentos inúteis?
Naturalmente, é desagradável e
até frustrante perceber que algumas pessoas não nos vêem “com bons olhos” e,
muitas vezes, até mesmo sem nos conhecerem, sem conhecerem o nosso caráter.
Contudo, todos os olhares negativos podem ser convertidos em força, em vontade
de mostrar ao mundo nossa verdadeira cara e caráter.
Ao alvo, o preconceito é efêmero.
Ao intolerante, é parte dele. O preconceito é um peso que o preconceituoso
carrega. É um fardo que, de tão pesado, teima em tentar derrubar sobre os
outros. Mas não consegue. É intransferível. Se não for abandonado, condena o
proprietário a carregá-lo sempre consigo.
Levemos nossas vidas adiante, sigamos
nossa estrada com ou sem o aval dos gregos ou dos troianos. Vamos viver, e
deixar “que o preconceito deles doa neles mesmos”.